Encontro comemora dois anos do Círculo de História Atleticana

O 15º encontro do Círculo de História Atleticana aconteceu exatamente no dia em que há dois anos tudo começou: dia 16 de setembro. O tema foi “Os 40 anos do título de 1970 e a história de Alfredo Gottardi no Atlético”. E para comemorar em grande estilo e fazendo jus ao propósito dos encontros – que é contar a história do clube através de quem já fez parte dele – o convidado da noite foi Alfredo Gottardi, representante de duas famílias que marcaram o Atlético.
Para Milene Szaikowski, que criou o encontro, a data não poderia ter sido celebrada de uma forma melhor. “Ter a família Gottardi como convidada foi a melhor das comemorações. E fico muito feliz pelo projeto ter dado certo, quando comecei nem imaginava que iria tão longe”, afirma.
Alfredo Gottardi Junior – considerado o melhor quarto zagueiro da história do clube e do futebol paranaense - é atleticano de berço, filho de Alfredo Gottardi, o Caju, o melhor goleiro que o Atlético já teve e de Glacy Cecatto, irmã de outros três grandes jogadores do clube. É ainda sobrinho de Alberto Gottardi, que também foi um goleiro de destaque no time rubro-negro. “Os meus reservas não tinham chances de jogar, eu não saia do time nem se estivesse machucado. Fui um privilegiado, tinha o dom e gostava muito de jogar futebol e ainda me pagavam por isso”, brinca Gottardi.
O craque afirma que Pelé foi o jogador mais difícil de marcar e que ele era impressionante. “O Pelé tinha um dom, ele dominava a bola e se sabia que tinha dificuldades de driblar o cara, ele não driblava, tocava. Então eu sempre me dei bem marcando o Pelé por causa disso, eu deixava ele dominar e eu não fazia falta nele. Ele sabia que podia jogar bola, então ele dominava e tocava pra quem estivesse em melhor condições. Uma vez eu dei uma chegada nele, mas sem querer e ele ficou tão bravo que disse: ‘Você nunca chegou em mim!’ e eu falei: Tropecei! Desculpa, tropecei!’”, conta.
Patrick Marcel Silveira, que participou do encontro, afirma que a presença de Alfredo Gottardi foi um presente maravilhoso. “Foi absolutamente fantástico. Ele poderia ter participado do Círculo apenas com o nome, com seu legado, mas fez mais que isso. Por algumas horas tivemos a felicidade de poder ouvir histórias espetaculares de fatos marcantes da historia do CAP, com a sobriedade, naturalidade e humildade que só cabem aos ídolos verdade”, ressalta.

Comentários