Saber se comportar no ambiente de trabalho não é mais uma simples regra
de etiqueta e sim uma competência. Mas, por que esse desafio ainda é maior para
elas do que para eles?
Adaptar-se às constantes mudanças
de mercado, conquistar espaço em ambientes cada vez mais competitivos, antever
o que virá. Definitivamente esta não é uma tarefa fácil, porém, ela já é velha
conhecida do universo masculino e feminino na hora de galgar novos saltos na
carreira. O diferencial, hoje, está na entrelinha. O que isso quer dizer? Na
prática, significa que está em vantagem quem sabe se comportar adequadamente no
ambiente corporativo.
Simples? Nenhum pouco. Muitas
pessoas nem percebem o comportamento falho, e ficam “a ver navios”, sem
entender o real motivo de uma demissão ou por que não foram convidadas a uma
ascensão profissional. E pasmem! Esse
cenário acaba sendo mais desafiante para a mulher do
que para o homem. Por quê?
A especialista
em Etiqueta Corporativa e Social, Silmara Leite Ribeiro Santos, diretora da
Pitacos Marketing e Eventos, explica que a mulher é tida como um ser sensual. “Por isso, qualquer descuido no
vestuário, no modo de andar, de sentar, no tom de voz mais macio, no uso das
palavras, no excesso de gentilezas pode ser mal interpretado”. Isto não
significa que ela precisa se masculinizar. “A mulher pode e deve manter a sua
feminilidade, porém na dose certa. É justamente aí que está o desafio,
encontrar este ponto de equilíbrio nem sempre é fácil.”
Preconceito
Segundo Silmara, apesar de toda a evolução
ocorrida no mercado profissional, as mulheres ainda precisam provar que são tão
capazes quanto os homens para desempenhar a mesma função dentro das empresas. Se tiverem
uma beleza avantajada, então, essa carga de responsabilidade aumenta. “Elas precisarão
comprovar que a beleza não interfere na sua competência. Tudo isto, porque
ainda existe um preconceito contra elas no ambiente de trabalho”, lamenta a
especialista.
“Agora, a profissional que usar de artifícios
de sedução para galgar cargos mais altos certamente pagará caro por isto, pois,
no futuro, sua competência será questionada e colocada à prova”, alerta Silmara Leite.
Pisando em ovos
Você já percebeu que quando uma profissional é mais objetiva e precisa falar
com um pouco mais de firmeza as pessoas perguntam se ela está brava, irritada
ou com TPM? Dá até para imaginar alguns engraçadinhos de plantão fazendo piada
e comentários extremamente inoportunos e maldosos. “Situações como essa exigem
um grande jogo de cintura, muita firmeza e desenvoltura”, assegura Silmara
Leite.
Segundo ela, ainda vivemos numa época em que, para
muitos, o homem pode levantar seu tom de voz como forma de sinalizar seu
descontentamento, sua bravura e seriedade. Porém, a mulher precisa pisar em
ovos para deixar claro que a sua firmeza, nesse caso, ser simples, clara e
objetiva, isso sem bater na mesa ou quebrar qualquer cadeira, é apenas sinal de
maturidade e competência.
Fugindo do assédio
Ainda no quesito comportamento, a mulher precisa estar mais atenta a detalhes
de interpretação, especialmente a não verbal. Seu corpo fala e o do outro
também. “Assim, uma adequada postura
física e comportamental irá lhe ajudar a se precaver de situações constrangedoras,
como assédio sexual e moral, por exemplo. É importante atentar a olhares,
comentários, piadinhas e analisar bem os convites recebidos. Trata-se de uma autoproteção
necessária.”
De bem com a Carreira
Situações como estas são tão embaraçosas, que serão
abordadas pela especialista em Etiqueta
Corporativa e Social, Silmara Leite, em seu próximo workshop sobre o cotidiano feminino no
ambiente corporativo, no dia 6 de março, em Curitiba.
“A boa notícia é que apesar de todas as exigências do
mercado e dos desafios encontrados pela mulher, é possível sim aliar
feminilidade, vida pessoal e profissional, com sucesso”. Mas, para isso, é
preciso ficar atenta a esta nova etiqueta corporativa, hoje, sinônimo de
competência social. “Ela envolve comunicação, imagem, postura de
relacionamento, compromisso, responsabilidade, versatilidade, e domínio
técnico”, ressalta Silmara.
Netiqueta
Outro assunto, que tem dado o que falar, e também será debatido no
encontro, é o da Netiqueta - uso correto de e-mails e redes sociais - “Há
pessoas que perdem o emprego, oportunidade de ascensão na área profissional, e
até o estágio, por não saber lidar com essas ferramentas”, diz Silmara Leite, lembrando
o caso recente de duas estagiárias do Senado Federal. Elas foram demitidas por divulgar, no
facebook, um conteúdo considerado ofensivo pela Casa.
“É preciso saber que o comportamento que se tem no convívio social,
pessoal, deve ser o mesmo na internet. Ou seja, não é tudo que se curte, não é
tudo que se compartilha, não é tudo que se comenta.”
Workshop
Tema: Mulher – De Bem com a Carreira
Dia: 06 de março, quarta-feira
Horário: 19h30
Local: Hub Curitiba, Rua Comendador Macedo, 233 -
Centro.
Fonte: Jornalista Sandra Santos
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