CRESCE A PROCURA POR CURSOS TÉCNICOS EM CURITIBA

A busca por formação profissional está acompanhando as mudanças no mercado de trabalho e as demandas por profissionais projetadas para os próximos anos. Até 2015, conforme Mapa do Trabalho Industrial do Governo, mais de 7,2 milhões de vagas surgirão no País em cargos técnicos.
Para as escolas especializadas na área em Curitiba, a capital paranaense irá acompanhar o ritmo nacional. Dados do MEC apontam que, em dois anos, a procura por cursos técnicos em Curitiba e Região Metropolitana subiu acima de 100%. "Pudemos sentir isso no número de matrículas em nossos cursos. A procura aumentou significantemente. Tanto pelos profissionais que já estão inseridos no mercado de trabalho e que estão buscando se  qualificar, como nos jovens que estão vendo, nos cursos técnicos, uma forma de sair na frente no mercado de trabalho", explica José Carlos Auer, diretor do SEDUC Curitiba.
Patrick de Araújo Passos é um dos jovens que seguem a tendência nacional. Quando soube da oportunidade de, logo após concluir o segundo grau, poder fazer um curso técnico, não pensou duas vezes. O jovem é aluno do SEDUC - Sociedade Educacional Curitiba, uma das principais escolas de cursos técnicos da capital paranaense e, no fim do ano, se forma em Mecânica. Ele ainda não se decidiu sobre a futura profissão em graduação, mas é firme em dizer que o curso técnico abriu a mente dele.  O mercado para quem faz este tipo de curso é cada vez mais promissor. Além de ser uma opção muito mais barata do que uma graduação, geralmente são mais rápidos. Mas, segundo a Diretora de Ensino do SEDUC, Profª Vânia Auer, após a conclusão do técnico, a maior parte dos alunos seguem para a faculdade.    

O que aumenta a procura por cursos técnicos é na remuneração. Muitas empresas e indústrias já pagam para um profissional técnico, valores superiores aos de nível superior. Um dos cursos que evidenciam isso é o de Mecânica, onde um supervisor recebe salário em média de R$: 5 mil. Uma evidência de que a remuneração de quem se forma em escola profissionalizante cresce é um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que aponta que para cada ano de estudo, os técnicos somam ao salário 14%, e aqueles que seguem mais dois anos e se formam tecnólogos, 24% - uma média superior aos universitários, que adicionam 21% para cada ano na faculdade.
Outro fator que fez com que a busca por cursos técnicos crescesse em Curitiba, é a escassez de mão de obra especializada e qualificada na região, onde os cursos técnicos se tornam aliados das empresas. 
Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral mostra que 91% das companhias pesquisadas têm dificuldade na contratação de profissionais, especialmente para vagas de compradores, técnicos, administradores, gerente de projetos e trabalhador manual, o que faz do curso técnico uma porta aberta para a facilidade de empregabilidade nas indústrias e empresas da Curitiba e Região Metropolitana. "Esses cursos representam uma oportunidade de ampliar essa profissionalização para a comunidade e melhorar a mão-de-obra das empresas locais", completa José Carlos Auer.
Fonte: JORNALISTA E ASSESSORA DE IMPRENSA - Emelin Leszczynski

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